Em 2018, o livro digital deverá desbancar a tradicional versão em papel - a previsão é uma das principais conclusões de uma pesquisa feita pelos organizadores da 61ª Feira do Livro de Frankfurt. Foram consultadas 840 pessoas que mantêm alguma ligação com o evento, a maioria europeus. A pesquisa demonstra uma radical mudança de atitude no mundo editorial. Se, no ano passado, 40% acreditavam que 2018 marcaria o início do domínio digital, a cifra cresceu agora para 50%. "A indústria continua atrás de estratégias econômicas envolvendo produtos digitais", comentou Thomas Wilking, um dos organizadores da pesquisa. O assunto, portanto, domina as discussões que antecipam a feira, como reconhece o editor da Objetiva, Roberto Feith. "Não sou chegado em previsões e palpites", observa Luiz Schwarcz, da Companhia das Letras. Já Luciana Villas-Boas, diretora editorial da Record, prefere medir a temperatura a partir das transformações do mercado estrangeiro. "Sem dúvida, a passagem da leitura em papel para o formato digital ganhou imensa aceleração nos últimos 12 meses nos Estados Unidos", comenta. Na Feira, o Brasil conta com a participação de 50 expositores que deverão apresentar ao público 1.640 títulos nacionais. Hoje está previsto o lançamento do novo livro de José Saramago, Caim, que chega ao Brasil no sábado, pela Companhia das Letras.
Nenhum comentário:
Postar um comentário